domingo, 7 de fevereiro de 2010

Rogério Mathias não concorda com a prova para aumento de salário de professores e com a política educacional do governo paulista

As salas de aula estão superlotadas. O salário dos professores é uma vergonha frente a sua enorme responsabilidade. As famílias passam muitas necessidades, por isso as crianças são adotadas pelas ruas e suas gangues. Os vários governos paulistas sucatearam a educação. A escola vai de mal a pior.A situação em grande parte das escolas estaduais é muito triste, pois a violência que impera nas cidades, refletem nos bairros e conseqüentemente nas escolas com o aumento do vandalismo e das pichações.
Se queremos transformar a sociedade, o país e a humanidade, o nosso instrumento principal sensato de mudanças é a EDUCAÇÂO, pois é muito mais fácil e menos oneroso para o governo investir em escolas do que na construção de cadeias ou instituições para menores infratores.
Nossos governantes paulistas em vez de assumirem que nosso nível de educação não é o ideal, ficam fazendo propagandas enganosas para iludir as pessoas, mostrando uma falsa realidade, e o coitadinho do filho do trabalhador é quem paga por isso.
O professor é a alma de qualquer instituição de ensino, mas infelizmente no Estado de São Paulo o professor é tratado como mero coadjuvante e uma prova disso é a falta de incentivo salarial e o desprezo com que ele é tratado pelos governantes paulistas, sem contar a falta de uma política educacional que incentive os jovens. É o cumulo do absurdo que os professores que já formaram e formam nossos médicos, dentistas, engenheiros, advogados e tantos outros profissionais tenham que se submeter a uma única e medíocre prova de promoção que servirá para aumentar o salário de alguns professores, diretores e supervisores de ensino no Estado de São Paulo, que acontece no dia 29 de janeiro. Um detalhe não são todos os professores que forem bem que receberão esse aumento salarial mínimo, pois existe um limite para isso que é mais vergonhoso ainda.
A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) anunciou que já entrou com ação no Tribunal de Justiça de São Paulo para impedir que a prova seja realizada.
O que estão fazendo com o professor é uma maldade, uma violência contra a educação, pois os profissionais aptos para o ensino já passaram por uma prova que foi a que os efetivou no cargo, por isso eles já atestaram que são capazes, de acordo com a regulamentação exigida.
A única saída para a população é uma atenção maior e constante com os nossos professores, pois eles irão ensinar os jovens que são o futuro de nossa pátria . Melhorar o salário e as condições de trabalho dos professores, para que eles possam se aperfeiçoar cada vez mais, é fundamental.
Devem também ser formulados conteúdos curriculares mais abrangentes e atraentes para essa geração, tentando inclusive resgatar a cidadania que muitos já esqueceram.
A reformulação do programa educacional deve ser feita para que haja a inclusão de milhares de jovens que hoje se encontram marginalizados pela sociedade sem perspectiva de uma vida mais digna. Precisamos mostrar a esse jovens e suas famílias que existe a chance de um futuro melhor e feliz para todos, sem drogas, sem fome, sem insegurança, só que para isso ocorrer as famílias também precisam se conscientizarem do importante papel que elas possuem enquanto instituição na formação e apoio aos nossos jovens, não empurrando a solução desses problemas única e exclusivamente para os professores, como se eles fossem responsáveis por tudo, esquecendo que eles também fazem parte de um sistema que oprime a todos e que precisa ser repensado e transformado urgentemente para o bem estar de nossa sociedade. Enquanto isso não acontecer qualquer um de nós pode ser surpreendido por um jovem que em vez de possuir um lápis e um caderno nas suas mãos, possua um revólver ou uma faca para tentar resolver um problema momentâneo e um de nós podemos estar sem querer em seu caminho.
A EDUCAÇÃO É TUDO, e ela não sobrevive sem os professores, pena que os governadores que passaram pelo Estado de São Paulo que poderiam resolver isso de uma maneira coerente e eficaz não querem ou não pensam assim, por motivos que fogem da minha compreensão.
Quem sabe mudem de idéia quando encontrarem um desses jovens perdidos em um local ermo e percebam que não é nenhum lápis e muito menos um caderno que eles possuem em uma das mãos.

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